Friday, August 04, 2006

Educação Universitária e a inclusão social

Há diversas teses no sentido de que a Universidade não está formando verdaderios intelectuais, mas repetidores das mesmas crenças sociais. Veja um exemplo neste trabalho de Humberto Guido aqui! E então se um jovem que não chegou a formar um nome no mercado diz algo diferente da maioria pode levar receio nisso. Pode levar receio, pois quando me atrevo a entrar em algum forum de discução, eu que não sou mais jovem na idade, levo "chumbo grosso" com idéias de tia alternativa e sou chamada de burra para baixo de forma muito agressiva. Por quem, afinal? Talvez não seja por um limitado ignorante qualquer, mas por um limitado formado em faculdade que tem um lugar de destaque numa sociedade onde o padrão de normalidade é o que se sabe como certo e determinado, no momento, pelas regras ditadas a muitos e muitos anos sem perspectivas de mudança, formando assim o profissional mediocre e robótico. Aquele que exclui não apenas o deficiente de alguma forma, mas exclui também o sujeito capaz de ter idéias próprias, tido como elemento ameaçador das instituições que cristalizam-se na mediocridade, na mentira e na cobertura de erros cometidos por uma equipe de irresponsáveis, cujo membro de menor responsabilidade é a dos chefes aqueles que deveriam fazer jus a um salário maior pela carga de responsabilidade num ambiente inquestionável onde num contínuo faz de conta não se erra nunca e se alguém erra a culpa é de quem obedece mais por circunstâncias, sem questionar ordens.
Neste ponto aqui . vocês parem um pouquinho e pensem em quais idéias hoje os fazem diferentes de maioria e como se distinguem da "boiada". Não precisa dizer. Também não vou escrever sobre nada disso agora que dá muito trabalho.
Agora a formação de opinião na universidade em relação a inclusão social na esfera da educação:
A inclusão social não é algo que se possa fazer de qualquer forma, tomando por exemplo uma pessoa que tomou diversos remédios de tarja preta para ser contida em seu comportamento anti-social e é jogada no meio de uma turma de alunos que estão aprendendo alguma coisa. A finalidade desta pessoa estar ali apenas contida sem condições de desenvolver qualquer forma de raciocínio lógico coerente não adianta nada para ela neste caso. Poderia ter sido jogada em cima de uma cama. Muitas vezes são fornecidas a ela para seu desgosto atividade que não tem condições de realizar. Outro exemplo, também segundo a Priscila, sócia do blog, é o da criança agressiva que está em uma turma sem trabalhar adequadamente e batendo em todos os colegas gerando um clima de violência. Assim, caso a caso deve ser visto quando uma criança especial está ou não em condições de ser incluída entre pessoas normais. Este tipo de argumentação lógica que coloco aqui acho que ajuda na prática da inclusão de forma racional e moderada, mesmo porque se forem radicais quanto a inclusão total de pessoas em meios não apropriados amanhã ou depois a mídia e o pensamento geral das pessoas não será o de que a inclusão deva existir, mas a tendência será, outrossim, pela discriminação, retrocesso este que devemos fazer de tudo para evitar.
Deixo aqui este começo de conversa para que a Priscila continue, se achar conveniente, tendo em vista que sobre este assunto (nem todos) pensamos da mesma forma.
Podemos ter as idéias que quizermos numa democracia e todos somos formadores de opinião, mas na prática de nossas idéias deve ser respeitado o nosso tempo e os limites do nosso ambiente onde atuamos, caso contrário não iremos nos proteger ou proteger quem quer que seja.
Avante, Priscila!